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"A paz ou o apocalipse": assessor de Putin lança alerta nuclear em meio à maior troca de prisioneiros da guerra na Ucrânia

Enquanto os discursos se acirram nos bastidores diplomáticos, uma movimentação humanitária trouxe alívio para centenas de famílias.

"A paz ou o apocalipse": assessor de Putin lança alerta nuclear em meio à maior troca de prisioneiros da guerra na Ucrânia
"A paz ou o apocalipse": assessor de Putin lança alerta nuclear em meio à maior troca de prisioneiros da guerra na Ucrânia (Foto: Reprodução)

Por Redação Nova Litorânea | 10 de junho de 2025

A tensão no leste europeu voltou a ganhar novos contornos dramáticos nesta segunda-feira (9), após declarações contundentes de Vladimir Medinski, assessor direto de Vladimir Putin e chefe da delegação russa nas negociações com a Ucrânia. Em entrevista divulgada pela agência estatal russa Tass, Medinski afirmou que um simples cessar-fogo, sem um “acordo de paz verdadeiro”, poderá levar o mundo a uma guerra nuclear.

Segundo o porta-voz do Kremlin, se a Ucrânia e seus aliados da Otan tentarem retomar os territórios atualmente ocupados pela Rússia — cerca de 20% do país —, a resposta poderá ser catastrófica. “Será o fim do planeta”, disse ele. “Um novo conflito será inevitável, e não será regional — será uma guerra nuclear.”

As falas ganham ainda mais peso diante da rigidez das exigências russas para o fim do conflito: manter os territórios ocupados sob controle russo e impedir de forma definitiva a entrada da Ucrânia na Otan.

Guerra segue, mas negociação avança: troca histórica de prisioneiros

Enquanto os discursos se acirram nos bastidores diplomáticos, uma movimentação humanitária trouxe alívio para centenas de famílias. Rússia e Ucrânia realizaram a maior troca de prisioneiros da guerra até agora, com foco em jovens soldados com menos de 25 anos e feridos graves.

Segundo informações confirmadas por autoridades dos dois países, foram cerca de 1.200 prisioneiros trocados de cada lado, além da repatriação de milhares de corpos de soldados mortos nos combates. O acordo, mediado na Turquia no início de junho, é visto como um raro gesto de abertura em meio ao impasse.

Imagens divulgadas mostram momentos emocionantes: jovens ucranianos reencontrando suas famílias, e prisioneiros russos sendo encaminhados à Bielorrússia antes de retornarem à Rússia.

Análise: ameaça nuclear ou estratégia política?

Especialistas em geopolítica alertam que, embora as declarações de Medinski sejam alarmantes, elas podem fazer parte de uma estratégia para pressionar o Ocidente a aceitar os termos russos. A fala remete ao estilo da Guerra Fria: ameaças extremas usadas como ferramenta de dissuasão.

Por outro lado, a constante retórica nuclear vinda do Kremlin preocupa líderes da comunidade internacional, que temem uma escalada imprevisível caso novos ataques ou tentativas de reconquista de território ucraniano sejam iniciadas.

O que esperar?

Com a troca de prisioneiros representando uma luz no fim do túnel, analistas divergem sobre os próximos passos:

Haverá uma nova rodada de negociações de paz com garantias mútuas?

Ou o conflito se prolongará, com o risco de escalar para proporções globais?

Enquanto isso, a Ucrânia insiste no direito de recuperar integralmente seu território, e a Rússia permanece firme em sua exigência por “reconhecimento definitivo” do que chama de “novas regiões russas”.

Acompanhe na Nova Litorânea os desdobramentos desta crise, que pode redefinir os rumos da segurança global.

📍 Redação Nova Litorânea

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