Em Defesa da Verdade: Comunicador Gerson Almeida, Rebate Narrativa do vereador Diego de Lisete

Minha crítica sempre foi, e continua sendo, direcionada à conduta pública do parlamentar, que, reiteradamente, distorce fatos e propaga narrativas enganosas sobre a administração municipal, prejudicando o debate público e confundindo a opinião da população.

Opinião | Por Gerson Almeida

Na qualidade de comunicador, formador de opinião, responsável por um blog informativo e por uma emissora de webrádio que diariamente presta serviço à população, sinto-me no dever de esclarecer e refletir sobre um episódio ocorrido na sessão ordinária desta terça (27) de maio, no qual fui diretamente envolvido.

Durante o uso da tribuna, o vereador da oposição Diego de Lisete, iniciou sua fala relatando que sua filha estava doente e sua esposa teria pedido que ele fosse com ela, porém o mesmo alegou que teria o compromisso da sessão e não poderia faltar. Mesmo diante dessa situação pessoal delicada, ele permaneceu na sessão, onde, como de costume, teceu críticas rigorosas à atual gestão municipal, críticas que, como é de conhecimento público, frequentemente carecem de fundamentação e, muitas vezes, flertam com a propagação de desinformação.

Em meio aos debates acalorados, parlamentares da base governista reagiram e afirmaram que, de agora em diante, não mais votariam favoravelmente às proposições do referido vereador, em função do que consideraram uma postura inadequada e desrespeitosa no exercício do mandato.

Visivelmente exaltado, o vereador acabou derrubando um copo d'água sobre a mesa do plenário, o que provocou comentários e risadas entre o público presente, interpretando tal ato como sinal claro de nervosismo. Naquele momento, proferi  - num tom crítico e até engraçado — a frase: "ele precisa de um copo de maracujá para se acalmar". Reconheço que a expressão pode ter soado como provocação, mas cabe aqui um esclarecimento necessário: em nenhum momento minha fala teve a intenção de desmerecer ou desacreditar a condição de saúde de sua filha.

Minha crítica sempre foi, e continua sendo, direcionada à conduta pública do parlamentar, que, reiteradamente, distorce fatos e propaga narrativas enganosas sobre a administração municipal, prejudicando o debate público e confundindo a opinião da população. "E até utilizando as palavras da vereadora Eliane de Edinho, o vereador Diego incita, nas redes sociais, as pessoas a se voltarem contra os parlamentares."

E em resposta à minha manifestação, o vereador até utilizou provavelmente como justificativa a situação de sua filha, que estaria com  39 graus de febre, ao que retruquei com a palavra frase “ai mente”. Deixo claro que o termo foi usado para contestar o discurso político e a narrativa forjada pelo parlamentar, jamais para questionar ou minimizar a situação de saúde da criança, pela qual, como pai, me solidarizo. 

"Inclusive, estive recentemente no Hospital Manoel Lucas de Miranda com minha filha, que apresentava um quadro febril de 39 graus. Ela ficou em observação e, após receber a medicação necessária, foi liberada. Diferente do que faz o vereador, interrompi imediatamente todas as minhas atividades para acompanhá-la de prontidão, permanecendo no local até que seu estado de saúde estivesse realmente estabilizado."

Infelizmente, o vereador, que deveria manter o decoro e a serenidade exigidos pelo cargo, partiu para o ataque pessoal, dirigindo-se a mim com a ofensa: “palhaços”. Lamento profundamente esse tipo de postura, que só contribui para a desqualificação do debate político e para o distanciamento entre representantes eleitos e a sociedade.

Entendo que o ambiente político é, por natureza, espaço para divergências, críticas e debates firmes. Contudo, é fundamental que esses embates se deem com respeito mútuo e responsabilidade, sobretudo por parte dos que ocupam cargos públicos e são exemplos para a população.

Reconheço que o momento em que me manifestei pode não ter sido o mais apropriado, e compreendo que isso tenha gerado interpretações equivocadas. No entanto, é importante esclarecer que, em nenhum instante, minha intenção foi zombar ou desmerecer a situação de saúde da filha do vereador. Minha fala, especialmente o comentário “aí mente”, foi direcionada à conduta política do parlamentar, conhecido por utilizar as redes sociais para criar polêmicas e distorcer os fatos. A crítica foi à forma como ele conduz o debate público, e não à sua vida pessoal ou familiar, pela qual tenho o devido respeito e empatia.

Por fim, reafirmo meu compromisso, enquanto comunicador e cidadão, com a defesa da verdade, do direito à livre manifestação e da promoção de uma política ética e transparente. Continuarei atuando com firmeza e responsabilidade, sempre a serviço da população, combatendo a desinformação e defendendo o respeito às instituições.

Gerson Almeida

Formador de opinião, comunicador, editor de blog e diretor de emissora de webrádio.