HERÓI E VOLUNTÁRIO: AGAM RINJANI, O ANJO DO MONTE
Um socorrista voluntário identificado como Agam Rinjani tem emocionado brasileiros nas redes sociais por sua atuação nos trabalhos de resgate da turista Juliana Marins, de 26 anos, que caiu de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia.
26/06/2025 08:30
| Atualizado há 2 Semanas atrás

Apesar de não fazer parte da equipe oficial de resgate do governo indonésio, Agam foi um dos primeiros a descer o penhasco para tentar alcançar Juliana — quando ela ainda estava viva. Agindo de forma totalmente voluntária, ele integrou os esforços paralelos ao lado de moradores da região que, com coragem e conhecimento local, prestaram apoio vital às autoridades.
Agam é membro do chamado “Esquadrão Rinjani”, um grupo informal de voluntários que apoia turistas em trilhas pela área do vulcão. Ele mantém uma forte presença nas redes sociais, com mais de 400 mil seguidores no Instagram, onde publica vídeos sobre preservação ambiental, dicas de trilhas e o cotidiano nas encostas do monte. Além disso, é produtor de café e dono de um pequeno comércio, que ajuda a gerar renda para amigos da comunidade.
Repercussão no Brasil
Desde a repercussão do caso Juliana Marins, Agam passou a receber milhares de mensagens de brasileiros, em português e inglês. Nos comentários, a admiração é unânime:
“Você arriscou a própria vida para salvar alguém que nem conhecia. Gratidão eterna!”
“Você é um herói. Jamais será esquecido pelo povo brasileiro.”
Muitos o chamam de “anjo” e “herói do povo”, exaltando a coragem, a empatia e a prontidão com que ele e outros voluntários enfrentaram o terreno hostil do Monte Rinjani, mesmo diante da falta de recursos e da demora na resposta oficial.
Quando Agam chegou a Juliana
Agam e outros voluntários acessaram a área do penhasco ainda no fim de semana, quando Juliana estava viva, segundo vídeos e testemunhos divulgados por ele mesmo. Relatos indicam que ele tentou entregar água e cobertores à jovem, enquanto tentava tranquilizá-la. Infelizmente, a espera por meios técnicos adequados (como helicóptero com guincho) foi longa, e Juliana faleceu antes que pudesse ser retirada do local.
A comoção aumentou ainda mais após Agam participar do resgate do corpo, no qual ajudou diretamente a equipe da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas), amarrando e estabilizando Juliana para que ela fosse içada com segurança.
Um exemplo de humanidade
Agam Rinjani não é militar, não é bombeiro, e não foi pago por isso. Mesmo assim, ele subiu, desceu e enfrentou o impossível, por empatia. Sua coragem viralizou. O Brasil, ainda de luto pela perda de Juliana, acolheu seu nome como sinônimo de esperança.
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